Copaíba

A copaíba tem 28 espécies catalogadas, das quais 16 são endêmicas do Brasil, principalmente no bioma amazônico e no Cerrado, onde são encontradas tanto em terra firme, como em terras alagadas, às margens de lagos e igarapés. As espécies que ocorrem no Brasil são consideradas produtoras de óleo-resina e têm popularmente utilização medicinal.

Foto: Fernanda Lopes

Figura 1:Extração do óleo-resina de copaíba com o trado.

O óleo-resina produzido pela copaibeira é amplamente usado na indústria cosmética e farmacêutica, e também como aditivo na fabricação de vernizes e tintas. Na medicina popular, é utilizado no tratamento de diversas enfermidades, cujos efeitos como anti-inflamatório, gastroprotetor, analgésico e antitumoral já foram comprovados cientificamente.

A produção média de copaíba na Amazônia Ocidental pode variar de 0,3 a 3 litros/árvore (Rigamonte-Azevedo, 2006), com indivíduos que podem produzir ocasionalmente cerca de 30 litros para uma coleta. As espécies com relato de maior potencial produtivo na Amazônia são C. reticulata, C. paupera e C. multijuga .

A quantidade de óleo e a porcentagem de árvores produtivas varia muito de acordo com a espécie, o tipo de solo e outros fatores que ainda estão sendo estudados. No estado do Acre, apenas 29% das árvores sadias com DAP > 35 cm produziram óleo. A média foi cerca de três litros por árvore produtiva.

Extração do óleo-resina

No manejo sustentável da copaíba, o óleo-resina é retirado da seguinte maneira: deve-se furar a árvore com um trado na altura do peito, girando-o no sentido horário; furar o tronco até o centro do caule e quando aparecer o óleo é necessário colocar o cano no furo e aparar o óleo utilizando mangueiras acopladas a galões ou garrafas pet higienizadas. Para explorar a copaíba comercialmente, o produtor precisa fazer um plano de manejo autorizado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA).