01/09/96 |

Agricultura une países de língua portuguesa

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Angola, Moçambique, São Tomé e Príncipe, Guiné Bissau e Cabo Verde são os países que em breve poderão firmar acordos de cooperação com a Embrapa. Uma missão brasileira visitou essas nações africanas em outubro e novembro passados.

Os dirigentes desses países africanos se mostraram muito receptivos em estreitar o intercâmbio técnico-científico com o Brasil. "Essas nações estão muito interessadas em tecnologias para os mais diversos produtos agrícolas, a fim de aumentarem os seus níveis de produção e reduzirem suas volumosas importações de alimentos", diz o pesquisador Elias de Freitas Junior, da Embrapa Cerrados (Planaltina/DF), um dos componentes da missão, da qual também fizeram parte Lairson Couto, da Embrapa Milho e Sorgo (Sete Lagoas/MG), a técnica Graziela Fernandes das Neves, da Agência Brasileira de Cooperação (ABC), ligada ao Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty),além de dois técnicos da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO).

O fato dessas nações terem o português como língua oficial facilita a cooperação com o Brasil. Além do relacionamento que tradicionalmente o Brasil mantém com outros povos, como troca de pesquisadores, tecnologias e materiais genéticos, esses cinco países têm condições de receber da Embrapa treinamento especial e programas de capacitação, com intensa utilização das inúmeras publicações feitas pela Embrapa Produção de Informação e pelos centros de pesquisa. Essas publicações são quase sempre inacessíveis aos técnicos de países que adotam como língua o francês, castelhano, árabe, chinês, hindi, malaio, japonês, serbo-croato holandês e inglês, com os quais a Embrapa mantém intercâmbio.

Outro fator que facilita a aproximação entre o Brasil e os países africanos é a existência das savanas, que se estendem por extensas áreas daquele continente. A Embrapa dispõe de muito conhecimento e muitas tecnologias ligadas a esse ecossistema, pois os cerrados brasileiros nada mais são do que um tipo de savana.

O tipo de exploração predominante naqueles países é a agricultura familiar, ou seja, o pequeno agricultor, que trabalha com sua família para o seu próprio sustento, utilizando técnicas muito rudimentares e eventualmente vendendo pequenos excedentes no mercado.

A visita àqueles países foi feita como parte do Programa Especial de Segurança Alimentar da FAO e da Colaboração Sul-Sul.  

Tema: A Embrapa\Cooperação Internacional 

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