A globalização da economia chegou à pesquisa agrícola e à extensão rural. Intercâmbios e convênios técnicos entre países têm reduzido custos, otimizado e acelerado os resultados da pesquisa e da extensão. A troca de experiências entre produtores rurais também é fato cada vez mais frequente.

Pesquisadores, extensionistas e produtores rurais brasileiros têm se beneficiado muito desse intercâmbio. Viagens técnicas, troca de materiais genéticos, de experiências de manejos, novidades da biotecnologia são algumas das atividades desenvolvidas entre técnicos e produtores de diferentes países.

Os convênios funcionam como verdadeiras exportações e importações de produtos, serviços e tecnologias. O Brasil, detentor do maior e melhor estoque mundial de tecnologia agrícola para os trópicos - por meio da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária-Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura e do Abastecimento - têm levado seus produtos e técnicas a países como Côte d'Ivoire, Namíbia, Angola, Moçambique, Cabo Verde, Nicarágua, El Salvador, Bolívia, Peru, Equador, Cabo Verde, entre outros. Com outras nações o sentido do intercâmbio é duplo, com repasse de tecnologias brasileiras e com absorção de produtos e técnicas por parte do Brasil, como é o caso de Cuba, República Popular da China, África do Sul, França, Yugoslávia, Índia, Grã-Bretanha, Tunísia, Malásia, entre outros.

Destacam-se também as parcerias com o Institut Nationale de Recherche Agronomique-INRA, Centre de Coopération Internationale en Recherche Agronomique pour le Dévelopment-CIRAD e Institut Français de Recherche Scientifique pour le Dévelopment en Coopération-ORSTOM, todos da França. Na Grã-Bretanha o Brasil atua com a Agência para o Desenvolvimento Ultramarino (ODA), na Yugoslávia com o Instituto de Pesquisa do Milho Zenum Polje e na República Popular da China com a Academia de Ciências e Agricultura. Na Índia a parceria é com o Conselho Indiano de Pesquisa Agrícola. A cooperação com os caboverdianos se dá por meio do Instituto Nacional de Investigação Agrária.

A cooperação com os países parceiros do Mercosul é intensa e permanente, também em ambos os sentidos, principalmente com o Instituto Nacional de Tecnologia Agropecuaria (INTA, da Argentina) e o Instituto Nacional de Investigación Agropecuaria (INIA, do Uruguai).