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Pesquisa agropecuária faz 65 anos na Amazônia

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Há exatos 65 anos a pesquisa agropecuária se instalava na Amazônia. Dia 3 de maio de 1939, com a criação do Instituto Agronômico do Norte iniciavam as pesquisas que durante décadas têm ajudado a desvendar o complexo ecossistema amazônico. Muito daquela época ainda se mantém na instituição que hoje é a Embrapa Amazônia Oriental (Belém, PA), unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, principalmente a arquitetura dos prédios administrativos e imóveis residenciais.

Nos 65 anos de pesquisa, a Embrapa de Belém tem muito o que comemorar. São 502 empregados, divididos entre o grupo técnico e os grupos de administração e apoio à pesquisa. Tecnologias que ajudam a desenvolver a região de forma sustentável e propiciam a inclusão e eqüidade social estão na pauta do dia. Um exemplo é a parceira que está sendo formalizada com o Incra e diversas instituições do setor rural da região para atuação nos assentamentos da Reforma Agrária. A intenção é levar um desenvolvimento sustentável do ponto de vista ambiental, econômico e social aos agricultores assentados.

Nos onze laboratórios da instituição são oferecidos serviços à comunidade, desenvolvidas pesquisas e capacitados técnicos e estudantes. Um deles, o Laboratório de Botânica, abriga o Herbário IAN, fundado em 1945, hoje o maior do Estado do Pará e o segundo maior da Amazônia. O herbário, que é uma coleção de plantas desidratadas, tem 178 mil exsicatas, distribuídas em 261 famílias, 2.500 gêneros e aproximadamente 20.000 espécies. É uma pequena amostra da biodiversidade da Amazônia. Ele é pioneiro na utilização do Bramhs, um software de gerenciamento de herbários desenvolvido pela Universidade de Oxford (Inglaterra). Projetos de pesquisa, produtos, processos tecnológicos e sistemas de produção já mudaram a vida de muitos agricultores. Um exemplo fica em Igarapé-Açu, onde plantar sem utilizar o fogo já uma realidade. O Projeto Tipitamba levou aos agricultores a tecnologia de plantio direto na capoeira, onde o fogo é substituído pela trituração da vegetação e o plantio é feito sobre essa cobertura.

Programação interna - Para marcar o aniversário, uma vasta programação, voltada principalmente para o público interno da maior Unidade da Embrapa no País, começou anunciando os principais resultados da pesquisa "Prazer em Conhecer", que ouviu cerca de 70% dos empregados lotados em Belém e no interior do Pará. A representante da empresa que prestou consultoria, Lena Maria Furtado, apresentou os principais resultados, mas ressaltou que grande parte deles será ainda analisada.

Para a Chefe-Geral da Embrapa Amazônia Oriental, Tatiana Sá, que desde que assumiu o cargo há sete meses tem sistematicamente enfatizado o quanto é fundamental um diagnóstico dos recursos humanos da Unidade, já houve um avanço significativo e a partir das informações, será elaborado um programa visando à solução do que for considerado mais relevante para que o pessoal torne-se mais participativo, interativo, propositivo e conseqüentemente mais produtivo.

A programação alusiva aos 65 anos do IAN também prevê visitas de empregados a áreas, setores, laboratórios e campos de pesquisa objetivando uma maior integração entre os que trabalham na Sede. Sete grupos, formados por motoristas, secretárias, laboratoristas, homens de campo, recepcionistas, dentre outros, vão percorrer instalações que muitos sequer conhecem. Esta proposta foi apresentada pelos próprios empregados, em março deste ano, durante o Seminário de Excelência no Atendimento ao Cliente.

Para a supervisora da Área de Comunicação Empresarial, jornalista Ruth Rendeiro, responsável pelos eventos, atividades dessa natureza têm uma grande repercussão interna e apresentam bons resultados. "Mesmo exigindo pouco investimento financeiro e basicamente criatividade e muito trabalho, é uma rara oportunidade para colegas de uma mesma instituição aprofundar o relacionamento profissional, conhecendo a atividade de cada um e melhor compreender o que cada um representa no contexto mais amplo da Empresa. E, em uma Unidade como a Embrapa Amazônia Oriental, que possui prédios muito distantes entre si (alguns chegam a 8Km), esses contatos tornam-se ainda mais importantes".

Ana Laura Lima - DRT-PA 1268 Embrapa Amazônia Oriental Contatos: (92) 299-4691 - ranalaura@cpatu.embrapa.br  

Tema: A Embrapa 

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