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Colheita, custo de produção e acesso ao crédito definem tecnologias na próxima safra

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Analisando os custos de produção da soja convencional e transgênica para a região Central do Brasil e detalhando o custo operacional das principais tecnologias, o diretor-executivo do grupo grupo Ma Shou Tão, Jônadan Min Ma, apresentou  na última quarta-feira (2), em Uberaba, MG, durante a Reunião de Pesquisa de Soja da Região Central do Brasil, projeções de como o custo de produção pode influenciar o comportamento dos agricultores na próxima safra.

"O agricultor sabe da importância de utilizar o sistema produtivo padrão para obtenção da máxima produtividade. Mas em função da crise que afeta o setor, a adoção das tecnologias na próxima safra estará condicionada à relação entre a expectativa de colheita, o custo de produção e a possibilidade de acesso ao crédito para financiamento da safra", destacou.

Os dados apresentados por Ma confirmam que, desde a safra 2004/05, o agricultor brasileiro vem operando com margem de lucro negativa. Os preços dos insumos vêm se mantendo estáveis quando convertidos para o dólar, mas a desvalorização do real torna o custo de produção inviável em muitas regiões.

Em sua palestra, o técnico definiu cinco perfis de custo de produção, considerando desde a baixa adoção de tecnologia aos mais modernos recursos tecnológicos à disposição. "O fato é que, dificilmente, o agricultor vai conseguir cobrir o custo de produção sem abrir mão de algumas tecnologias, mas mesmo com essa perspectiva, não há a opção de deixar de plantar soja", afirma o técnico que acredita na redução de área plantada entre 7% e 8% e no maior interesse do agricultor pela cana.

"Se o agricultor não plantar, não tem como pagar e, se plantar, não sabe se vai pagar", destaca. Com planejamento estratégico, Jonadam Ma acredita que é possível se programar e contornar alguns aspectos da crise que abala o setor. A escolha das tecnologias a adotar deve ser planejada com responsabilidade. Em alguns casos, por exemplo, é possível postergar a correção da fertilidade.

Para ele, além de saber tomar as decisões técnicas para condução da lavoura, "é preciso pensar como empresário e isso engloba a diversificação da produção a verticalização da cultura (atuação em diferentes elos da cadeia produtiva) e a promoção da integração lavoura-pecuária", destaca. A 28ª Reunião de Pesquisa de Soja da Região Central do Brasil é uma promoção da Embrapa Soja, unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária , vinculada ao Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento com organização conjunta da Fundação Meridional e Fundação Triângulo.

Assessoria de ImprensaCarina Gomes(43) 9994-2271 / 3371-6067carina@cnpso.embrapa.br

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