13/03/08 |

Labex Europa terá extensão na Inglaterra

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Uma missão da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, estará na Inglaterra, em maio, para tratar da extensão do Labex Europa (Laboratório Virtual da Embrapa no Exterior) no Parque de Ciências de Norwich, na região leste da Inglaterra. A diretoria executiva quer definir até o final deste ano os recursos materiais e humanos para a representação do Labex naquele país.

O assunto foi tratado na manhã desta quinta-feira (13), em Brasília, em reunião entre o diretor-presidente da estatal, Silvio Crestana,  e o conselheiro-chefe para assuntos científicos do Reino Unido, John Beddington (à esquerda na foto).

A missão da Embrapa em Norwich, a exemplo do que ocorre em Montpellier (França) e Wageningen (Holanda), será o de realizar pesquisas estratégicas, articular programas de cooperação com grupos britânicos e monitorar os estudos realizados em áreas consideradas por cientistas britânicos e brasileiros como grandes desafios – entre elas mudanças climáticas, segurança alimentar e bioenergia.

Há pelo menos um ano a diretoria executiva avalia a possibilidade de o Labex Europa ter uma extensão na Inglaterra. O tema começou a ser discutido em março do ano passado, quando Crestana e o chefe da divisão de fitopatógenos do Rothamsted Research, John Lucas, assinaram um memorando de entendimento para a execução de projetos conjuntos para o desenvolvimento sustentável e o intercâmbio de pesquisadores.

Agora, com a visita da delegação britânica à Embrapa o tema voltou a ser discutido e, o que é melhor, com a definição de que será instalado o  processo de seleção (interna) de pessoal para atuar em Norwich.

Para o conselheiro-chefe a Embrapa é a melhor evidência de como investir em pesquisa agropecuária, inclusive com a geração de renda. Beddington explicou que o aumento do poder de compra das populações mais pobres faz aumentar a demanda por laticínios, frango e carne bovina e os investimentos em pesquisa agropecuária precisam continuar crescendo para suprir o mercado consumidor de alimentos e a produção de agroenergia.

"O Brasil é um país único por ter terra para produzir alimentos e também por ter conhecimento em pesquisa agropecuária", destacou. "Não podemos criar novas terras, mas acho muito interessante aumentar a colaboração entre instituições de pesquisa britânicas e brasileiras", salientou John Beddington.

O diretor-presidente da Embrapa lembrou que a cooperação técnico científica também se caracteriza pelo investimento em uma agenda de inovação e desenvolvimento, especialmente com organizações que primam por isso – e que tradicionalmente pode ser constatado no Reino Unido.

A delegação britânica também esteve na Embrapa Cerrados (Planaltina-DF), onde  visitou os campos experimentais de dendê e pinhão-manso. Naquela Unidade da empresa, há dois anos, são conduzidas pesquisas sobre o comportamento de quatro cultivares de dendê em altitude de 1050 metros e outras duas em altitude de 500 metros, no Tocantins. Os estudos com pinhão-manso avaliam vinte acessos da cultura em solos de baixa e alta fertilidade.

Segundo o  chefe executivo interino do Conselho de Pesquisa em Biotecnologia e Ciências Biológicas (BBSRC), Steve Visscher, a demanda por biocombustíveis aumenta a importância da pesquisa.

"Há grande oportunidades de cooperações de longo prazo nas pesquisas com biocombustíveis e tecnologias para a agricultura tropical que possam ser aplicadas em diferentes culturas", garantiu .

Deva Rodrigues (Mtb/RS5297)Contatos (61) 3448-4113deva.rodrigues@embrapa.br Gustavo Porpino de Araújo  (RN648 JP)Embrapa CerradosFone: (61) 3388 9945

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