27/03/08 |

Projeto começa a recuperar áreas degradadas no nordeste

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Pesquisadores e técnicos da Embrapa Agrobiologia iniciaram esta semana o plantio de 3200 mudas para recuperação de áreas degradadas na região de Alto Rodrigues, Macau e Mossoró, no Rio Grande do Norte.

Trata-se de um projeto pioneiro em parceria com a Petrobrás UN-RNCE (Unidade de Negócio de Exploração e Produção do Rio Grande do Norte e Ceará) e a Universidade Federal Rural do Semi-Árido para revegetação de áreas na Caatinga, utilizando como base a tecnologia de recuperação de solos degradados já desenvolvida pela Embrapa Agrobiologia e aplicada com sucesso em outras regiões do país.

As áreas que serão recuperadas estão degradadas, já que tiveram toda a camada superficial do solo, que é a mais fértil e rica, retirada para a exploração de piçarro (espécie de cascalho e saibro retirado destas regiões para aterro nas áreas de exploração de petróleo).

Todas as mudas foram produzidas com tecnologia da Embrapa no viveiro da UFERSA-Mossoró. São mais de trinta espécies diferentes, sendo dez da família das leguminosas (base da tecnologia de recuperação). A maior parte é nativa da Caatinga.

Segundo pesquisador Alexander Resende, a Embrapa  tem  um protocolo de produção e plantio de mudas. Neste projeto serão avaliados o desenvolvimento das espécies na região da Caatinga e também a sua influência na recuperação da áreas, usando a fauna do solo como indicadora de qualidade. A busca de alternativas econômicas para essas áreas, a partir de sistemas agroflorestais também é uma meta desse projeto.

Leguminosas inoculadas com microrganismos

A Embrapa Agrobiologia desenvolveu há mais de vinte anos uma tecnologia de recuperação de áreas degradadas utilizando plantas da família das leguminosas inoculadas com bactérias fixadoras de nitrogênio e fungos micorrízicos.

As leguminosas associadas a esses microrganismos se tornam mais resistentes a estresses ambientais e conseguem sobreviver em solos onde a camada fértil foi retirada.

Essas estratégias de recuperação têm sido utilizadas com sucesso em diversas situações de degradação como áreas de empréstimos, cortes de estrada, voçorocas, áreas de mineração de ferro, ouro, bauxita, entre outras.

As parcerias da Embrapa Agrobiologia nesses projetos são desde órgãos de fomento, como CNPq, Faperj, Finep, à empresas privadas como ALUMAR (MA), Mineração Rio do Norte (PA), Vale do Rio Doce (PA,MG,ES), Samarco (MG), prefeituras municipais (Rio de Janeiro, Angra dos Reis, Niterói, etc) e sindicatos (Sindicato dos Mineradores de Areais de Seropédica-RJ), entre outros.

Ana Lucia FerreiraEmbrapa AgrobiologiaContatos: (21) 2682-1500 r:238 / (21) 9339-1850Analucia@cnpab.embrapa.br

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