A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, será homenageada na sexta-feira (25), às 15 horas, no plenário Ulyssses Guimarães, da Câmara dos Deputados. A sessão solene foi pedida pelo deputado Geraldo Magela (PT-DF).

A empresa, criada com a missão de prover de base tecnológica a agropecuária brasileira, completa, neste mês de abril, 35 anos e é, hoje, referência mundial em pesquisa para a agricultura tropical.

Os resultados alcançados pela rede de pesquisa coordenada pela Embrapa foram, ao longo da história, decisivos para que o Brasil passasse da condição de dependência em matéria de alimentos para a de provedor em mercados como os de grãos, carnes, frutas, fibras, celulose e álcool.

Os números apresentados pelo seu Balanço Social 2007 confirmam sua contribuição para o desenvolvimento do país. Além de proporcionar a geração de mais de cem mil empregos diretos e indiretos, em 2007, quando pelo segundo ano consecutivo teve a maior receita operacional líquida nominal da história, de R$ 1,157 bilhão, a estatal retornou aos contribuintes R$ 13,36 para cada real aplicado na pesquisa.

Esse resultado tem como base um lucro social de R$ 15,47 bilhões, apurado com base nos impactos de uma amostra de 109 tecnologias e 125 cultivares desenvolvidos pela empresa e seus parceiros e transferidos para a sociedade.

Os 114,9 mil empregos criados ao longo da cadeia produtiva e conferidos à adoção de tecnologias geradas e transferidas pela estatal junto com seus parceiros e colaboradores, refletem um estudo realizado em cima da amostragem de apenas 47 tecnologias.

Na última quarta-feira (23), no Palácio do Planalto, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, anunciou o Programa de Fortalecimento e Crescimento da Embrapa. O programa destinará à pesquisa agropecuária, entre maio de 2008 e dezembro de 2010, cerca de R$ 914 milhões.Desse montante, R$650 milhões serão investidos diretamente na Embrapa. Outros R$264 milhões, aproximadamente, serão repassados pela empresa a organizações estaduais de pesquisa agropecuária que integram o SNPA, por ela coordenado.

Os recursos se somarão ao orçamento anual da Embrapa e serão aplicados no custeio de novas frentes de pesquisa, na construção de instalações físicas, na modernização da infra-estrutura de laboratórios e na contratação de pessoal.

Segundo o diretor-presidente da Embrapa, Silvio Crestana, a implantação do programa vai possibilitar a Empresa enfrentar os novos desafios da agricultura brasileira. "Estaremos bem mais preparados, por exemplo, para criar alternativas de bionergia para mudança da matriz energética e de nova base tecnológica para mitigação e convivência da agricultura e pecuária com as alterações climáticas globais e a redução de desequilíbrios sociais e econômicos", explicou.

Atualmente, a Embrapa conta com 38 centros de pesquisa e três de serviços, sendo que a mais recente é a Embrapa Agroenergia, criada em 2006. Esses centros formam uma rede nacional de pesquisa agrícola de característica multidisciplinar com universidades e institutos estaduais, em estreita parceria com os centros internacionais de pesquisa.

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