24/10/08 |

Primeira safra de milho híbrido do Peru é com genética Embrapa

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O primeiro processo de proteção vegetal registrado no Peru é de material genético da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. As cultivares BRS 1001 e BRS 1010, desenvolvidas pela Empresa e que motivaram o processo, são também as responsáveis pela primeira safra de sementes de milho híbrido produzidas naquele país – que até então dependeu integralmente da importação.

Contratos de Cooperação Técnica, para os testes, e de Licenciamento, para a produção de sementes, firmados entre a Embrapa e a empresa peruana San Fernando começaram a mudar essa história. Após seis anos de trabalho focados na adaptação dos híbridos brasileiros às condições do país vizinho, o primeiro lote das nove toneladas de sementes colhidas em maio foi analisado, inspecionado e aprovado pelas autoridades peruanas, para a comercialização neste mês de outubro.

"Uma vitória", comemora o gerente Luiz Antonio Laudares Faria, do Escritório de Negócios da Embrapa Transferência de Tecnologia em Sete  Lagoas, Unidade que coordena as ações desde o início do processo, em parceria com a Embrapa Milho e Sorgo, que desenvolveu as cultivares. Com uma demanda anual de 400 mil toneladas de milho grão, para processamento de ração para suínos e aves, a empresa - que é uma das maiores do ramo alimentício daquele país, apostou na genética desenvolvida pela Embrapa para reduzir custos e a dependência externa.

Cooperação

Foi o Contrato de Cooperação Técnica firmado há seis anos que permitiu o envio de material genético ao Peru, para avaliações e testes de adaptação. Durante a fase de ensaio com os híbridos da Embrapa foram obtidas 13 expressivas toneladas de milho por hectare, segundo afirma Laudares. "Após a aprovação dos materiais, passamos a cuidar da legalização da genética da Embrapa no Ministério da Agricultura de lá, algo até então inédito no Peru", conta.

O gerente geral José Roberto Rodrigues Peres, da Embrapa Transferência de Tecnologia – unidade responsável pelos negócios da Empresa, considera um avanço para toda a região latino-americana que a legislação peruana, referente à proteção de produto vegetal, tenha sido utilizada pela primeira vez por conta de um contrato de cooperação mantido com a Embrapa.

"As parcerias em pesquisa agropecuária na América do Sul e Central têm grande significado no aspecto da segurança alimentar e agora agregam valor num campo fundamental para as relações bi e multilaterais: o reconhecimento da propriedade intelectual", avalia Peres.

Valéria Costa – MTb. 15533/59/32 - SPEmbrapa Transferência de TecnologiaContato: 61 3448.4510 valeria.costa@embrapa.br

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