21/11/08 |

Representantes da FAO discutem realização de congresso sobre Nanobiotecnologia em São Carlos

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Renata Clarke, da área de Nutrição e Defesa do Consumidor da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura  (FAO), da sede em Roma,  e Anne MacKenzie, da Agência Canadense de Inspeção Alimentar, estão em São Carlos conhecendo as instalações da Embrapa Instrumentação Agropecuária, unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculado ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento,  e discutindo detalhes para a realização do Congresso Internacional de Nanobiotecnologia,  que deverá acontecer em 2010 na cidade, em parceria da Embrapa, FAO e Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

Renata Clarke chegou na quarta-feira( 19), e visitou os laboratórios que desenvolvem pesquisas à base de nanotecnologia, incluindo o Instituto Alan MacDiarmid de Nanotecnologia para o Agronegócio na Embrapa Instrumentação Agropecuária. Na quinta-feira( 20), a representante da FAO conheceu o Instituto de Estudos Avançados da USP- São Carlos, projetos da Rede de Inovação e Prospecção para o Agronegócio (Ripa), laboratórios do professor Waltencir Zucolotto e de  Cristalografia do Instituto de Física da USP São Carlos.

Renata Clarke ainda visitou a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e a Embrapa Pecuária Sudeste, onde foi recebida pelo chefe-geral, Maurício Mello de Alencar, pelos chefes-adjuntos de Pesquisa & Desenvolvimento, Ana Rita de Araújo Nogueira, e Comunicação e Negócios, Patrícia Menezes Santos,  e pelo assessor internacional da unidade, pesquisador Francisco Dübbern de Souza.

Cientistas da Embrapa, USP, Universidade Federal de Pernambuco, Universidade Federal do Rio Grande do Sul e representantes do Ministério da Saúde estiveram reunidos em abril na Capes, em Brasília, para discutir a implantação de um programa nacional de nanobiotecnologia em rede para a formação de recursos humanos que incentive estudos sobre suas implicações, benefícios e riscos para sistemas vivos ou para o meio ambiente.

Benefícios

O tema já vem sendo discutido há alguns anos nos Estados Unidos, Europa e Japão, sendo que os investimentos nesta área são gigantescos visando os enormes benefícios que a nanotecnologia pode trazer para a sociedade desde a melhoria da qualidade e desempenho de vários produtos e processos até na qualidade de vida e saúde do ser humano, como o desenvolvimento de nanosensores e biossensores para monitoramento da qualidade de água e do ar atmosférico, assim como para a realização de diagnóstico precoce de doenças e cura de câncer,segundo estudos recentes que estão sendo realizados no IFSC da Universidade de São Paulo em parceria com a Fundação Hemocentro da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto e do Instituto de Estudos Avançados (IEA) da USP de São Carlos.

Para o professor Sérgio Mascarenhas, países como Brasil devem iniciar o mais rápido possível seus estudos para que tenham igualdade de condições em pesquisa e desenvolvimento na área de nanobiotecnologia.

O pesquisador defende a urgência de se implementar um programa nacional de nanobiotecnologia com participação de empresas e indústrias de base tecnológica, para que alcance o sucesso desejado, em tempo hábil.

Os cientistas alertam para a necessidade de estudar não apenas os benefícios da nanotecnologia, que já têm sido bastante explorados, mas também de se avaliar a toxicidade de produtos nanotecnológicos considerando todo o ciclo de vida, em particular os possíveis impactos destes na agricultura, alimentos, meio ambiente e saúde pública, conforme discussão que está ocorrendo em vários setores da sociedade e organismos regulatórios em outros lugares do mundo.

O coordenador da Rede de Nanotecnologia para o Agronegócio e chefe de P&D da Embrapa Instrumentação Agropecuária, Luiz Henrique Caparelli Mattoso, participou em maio  de um grupo internacional de estudo sobre o assunto coordenado pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) e pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em Roma. "Esta participação  trouxe conexões importantes com especialistas estrangeiros no tema, resultando na visita das representantes do órgão a São Carlos ".

Após a discussão em Brasília, em maio,  foi formado um comitê composto pelos cientistas que participaram da reunião  para auxiliar a Capes na elaboração de um Programa Nacional de Nanobiotecnologia, para formação de recursos humanos na área de vital importância para o país, como enfatizou o professor Sérgio Mascarenhas. O comitê deverá propor diretrizes para a criação do Programa de Formação de Recursos Humanos para a Nanobiotecnologia no Brasil (Pnnanobiotec).

Joana Silva ( Mtb 19554 )Embrapa Instrumentação Agropecuária Contatos:(16) 2107 2927 / 9994 6160  

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