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Maracujá tem resultados positivos no Norte Fluminense

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Na  quinta-feira (27), um Dia de Campo organizado pela Pesagro-Rio, prefeitura de Miracema e Embrapa Agroindústria de Alimentos (Rio de Janeiro-RJ) mostrará as soluções tecnológicas para recuperar a cultura do maracujá no Norte Fluminense.

Na Comunidade de Areias, em Miracema (RJ), produtores, técnicos e pesquisadores testaram novas variedades de maracujá com boa produtividade, resistência a doenças e com características interessantes para as agroindústrias de alimentos e de cosméticos.

No Dia de Campo, que é dirigido a produtores, técnicos e empresários, os participantes verão in loco o desempenho do maracujá Sol do Cerrado, Gigante Amarelo e Ouro Vermelho, desenvolvidos pela Embrapa Cerrados (Brasília-DF), frente às variedades convencionais cultivadas no Rio de Janeiro.  

Como alternativa para sustentação das parreiras, será mostrado o uso de mourões-vivos feitos com gliricídia (Gliricidia sepium). A gliricídia é uma árvore leguminosa de boa madeira cujas folhas são ricas em proteínas e minerais, o que também a torna uma fonte importante para a alimentação de ruminantes. Além disso, a árvore promove a ciclagem de nutrientes do solo, melhorando a fertilidade da terra.

Aproveitamento do fruto

O aproveitamento total do fruto é outro ponto em questão. Além de sucos e doces, a Universidade Estadual Norte Fluminense (Uenf) e a Embrapa Agroindústria de Alimentos apresentarão os resultados dos testes feitos para elaboração de farinhas a partir da casca do maracujá para fins alimentícios e o processamento do óleo extraído das sementes para atender a demanda de cosméticos.

No início do mês, um grupo formado por estudantes e pesquisadores da Uenf, técnicos da Vigilância Sanitária e empresários da região participou de um curso de boas práticas de fabricação (BPF), em São João da Barra (RJ), para discutir como melhorar a qualidade de sucos e polpas produzidos na região. A reflexão e as atividades que serão desencadeadas também estarão em pauta no Dia de Campo.

Os participantes serão divididos em grupos para que possam acompanhar cada temática em detalhes e tirar dúvidas com a equipe do projeto APL-Maracujá que tem como parceiros pessoas ligadas a Embrapa, UENF, Pesagro, Emater, Firjan, Frutificar/Secretaria de Agricultura do Estado do Rio de Janeiro. O projeto é financiado pelo CNPq/Ministério da Ciência e Tecnologia.

"A união de esforços e recursos encontrou saídas para o campo e a agroindústria. O Dia de Campo será o momento de mostrar tudo isso na prática", frisou o pesquisador Sérgio Cenci, da Embrapa Agroindústria de Alimentos, e coordenador do projeto.

A cultura do maracujazeiro no Norte e Noroeste Fluminense entrou em decadência em virtude do ataque de doenças que chegaram a comprometer até 40% das áreas cultivadas.  Em 2004, a região tinha 1.500 hectares (ha) plantados e, em menos de 3 anos, o espaço foi reduzido a 400 ha. O efeito na economia local foi severo uma vez que as agroindústrias demandam 50 mil toneladas de fruto/ano e, hoje, a oferta é de apenas 9 mil ton/ano. A diferença tem sido suprida pela importação de frutos de outros Estados como Bahia e Espírito Santo.

Outras informações:Pesquisador Sérgio Cenci (cenci@ctaa.embrapa.br) Embrapa Agroindústria de Alimentos21 3622 9641 ou 3622 9600

Pesquisador Francisco Maldonado (franciscopesagro@hotmail.com)Pesagro-Rio 22 8832 4394

Soraya Pereira (MTB 26165/SP). soraya@ctaa.embrapa.brEmbrapa Agroindústria de Alimentos. 21 3622 9739 ou 9881 0535

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