Dezembro/2007 - 1ª semana - Regiões Norte, Semiárido e Centro-Oeste/Sudeste

Geradora de emprego e renda familiar para os pequenos produtores rurais por meio da comercialização de ovos e aves, a exploração de ave caipira é uma atividade de subsistência de grande importância socioeconômica. Proteínas de origem animal são componentes indispensáveis a uma boa alimentação e devem estar sempre presentes na dieta básica. A atividade, portanto, ainda possibilita o enriquecimento da dieta alimentar das famílias que consomem os produtos, vendendo o excedente.

Participam do programa José Augusto Filho, gerente da Emparn e o pesquisador Newton Alves de Souza. Entre as linhagens de aves caipiras trabalhadas pela Emparn está a ISA LABEL S757-N, que é uma linhagem francesa adaptada às condições do Estado do Rio Grande do Norte. A boa produtividade é uma das vantagens que apresenta em relação à caipira comum. "Foram realizados cruzamentos de linhagens e avaliados os híbridos resultantes", explica Souza.

A ração das galinhas deve ser à base de milho complementada com concentrados específicos em função da finalidade da criação. Deve-se ofertar também alimentos alternativos como capins, folhas verdes, feno de maniva de mandioca e leucena, restos de hortas e frutas, que proporcionarão ao ovo e à carne o autêntico sabor caipira. "Na área de alimentação vários ensaios foram conduzidos com a substituição dos ingredientes básicos milho e farelo de soja por produtos alternativos como sorgo, bagaço de caju, ração verde", exemplifica o pesquisador.

O técnico Francisco das Chagas Ávila Paz explica, passo-a-passo, como deve ser construído um aviário. E o programa conta ainda com a participação do produtor José Flamarion de Oliveira, do município Passa e Fica no Rio Grande do Norte. Em seu depoimento Flamarion fala sobre as vantagens da criação de ave caipira, comentando também as dificuldades que enfrentou.

Os ovos e a carne da galinha caipira têm mais valor no mercado que os produzidos em granjas industriais. São produtos de alto valor protéico, orgânicos, produzidos naturalmente (sem adição de hormônios e/ou produtos químicos) e muito procurados pelo consumidor dos grandes centros que busca, cada vez mais, uma alimentação saudável. O mercado está aberto e a oferta ainda não é suficiente para atender a procura.

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