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O que é solo?

A definição de Solo vai depender essencialmente do enfoque dado, ou seja, do olhar que se tem da sua utilização, do estudo a ser realizado. Na pedologia, é uma coleção de corpos naturais, constituídos por partes sólidas, líquidas e gasosas, tridimensionais, dinâmicos, formados por materiais minerais e orgânicos, contendo matéria viva e ocupando a maior porção do manto superficial das extensões continentais do planeta. Contém matéria viva e pode ser vegetado na natureza onde ocorre e, eventualmente, ter sido modificado por interferências antrópicas. É produto do intemperismo sobre um material de origem, cuja transformação se desenvolve em um determinado relevo, clima, bioma e ao longo de um tempo. Demais definições, com outros sentidos, podem ser observadas no Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (Santos et al., 2018).

Como os solos são formados na natureza? 

O solo é formado e se desenvolve como resultado do efeito de fatores ambientais ativos, como o clima e organismos, sobre o material de origem, em uma posição da paisagem e por um período de tempo. Como consequência, o solo passa por sucessivas fases de evolução, desde o estádio inicial de intemperismo do material de origem (juvenil) até alcançar o equilíbrio (maturidade), não se alterando quanto à característica selecionada com o passar do tempo. Em uma análise conjunta, a gênese do solo se dá a partir de duas fases distintas: Fase A – Deposição e/ou acumulação do material de origem (substrato), que representa a base para a formação, desenvolvimento e evolução dos diferentes solos. Fase B – Formação e diferenciação dos horizontes de solos (pedogênese), que representa a ação coletiva ou isolada dos mecanismos (ação física, química e biológica) sobre o material de origem, cuja intensidade de atuação é condicionada pelos fatores de formação e que irão direcionar os diferentes processos de formação. A combinação entre os mecanismos e fatores promove ou retarda a diferenciação e a evolução dos horizontes, ou seja, a expressão dos processos de formação, dando origem a diferentes solos.

Qual a função do solo?

O solo serve para dar sustentação às plantas, age como armazenador de água e é um filtro natural de poluentes, além de ser um meio de vida para o homem, onde se produzem alimentos, constroem-se casas e estradas e realizam-se as demais necessidades humanas.

Quais os fatores que levam à degradação do solo? 

São muitos os fatores que levam à degradação do solo, não só no meio rural como nas cidades. Por exemplo: desmatamentos, queimadas, preparo excessivo do solo agrícola e no sentido morro abaixo, plantio de monocultura durante muito tempo, adubações em doses erradas e sem a recomendação da análise química, uso indiscriminado de agrotóxicos, construção de residências e prédios em áreas sujeitas a desmoronamento, despejo de lixo e rejeitos industriais em locais impróprios, colocando em risco o meio ambiente e a saúde da população. 

Como faço para o solo ficar mais produtivo? 

Com relação a melhorar a fertilidade de um solo para possibilitar que ele seja mais produtivo na agricultura, é necessário a aplicação de corretivos de pH e níveis tóxicos de alumínio (calcário e/ou gesso), e de fertilizantes minerais (ureia, superfosfato, cloreto de potássio, micronutrientes), orgânicos (cama de aviário, esterco de boi ou cavalo, adubação verde com leguminosas) ou organominerais. Importante salientar que antes de se fazer esses procedimentos, é necessário fazer a análise de fertilidade do solo em laboratórios especializados e credenciados. Esse princípio é válido para qualquer tipo ou classe de solo (amarelo, vermelho, cinza, preto, marrom), em qualquer região do Brasil.

O que é compostagem? 

A compostagem é um processo de preparo de fertilizante natural, o húmus, a partir de resíduos orgânicos – dejetos animais, palhas, restos de frutas e verduras, entre outros materiais. Esses resíduos são misturados e amontoados visando à formação de montes ou pilhas de compostagem, as quais passam por um manejo e monitoramento seguindo princípios técnicos.  

Como são classificados os solos no Brasil? 

A classificação de um solo é feita pelo Sistema Brasileiro de Classificação de Solos, que representa uma classificação com base em características morfológicas e genéticas descritas nos horizontes do solo, sendo contemporizadas em sistema de chave taxonômica. O sistema nacional classifica os solos em seis níveis diferentes, correspondendo, cada nível, a um grau de generalização ou detalhe, são eles: Ordem, Subordem, Grande Grupo, Subgrupo, Família e Série (ainda em discussão). O sistema completo com todos os tipos de solos está publicado no livro Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (Santos et al., 2018). Distinguem-se 13 grandes classes de solos representativas das paisagens brasileiras: Argissolos, Cambissolos, Chernossolos, Espodossolos, Gleissolos, Latossolos, Luvissolos, Neossolos, Nitossolos, Organossolos, Planossolos, Plintossolos e Vertissolos. Para saber detalhes de cada uma dessas classes, acesse a seção Solos do Brasil

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