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A classificação difere nos variados mercados, sendo feita basicamente em função do tamanho (comprimento e largura). A Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (CEAGESP) vem utilizando as classes comerciais Extra AAA, Extra AA e Extra A.

A embalagem mais utilizada é a caixa K, de madeira, com capacidade para cerca de 22 a 23 kg. Mais recentemente, visando a obter melhor acondicionamento e diferenciação do produto, tem-se verificado tendência do uso de caixas de papelão ou caixas plásticas padronizadas (Figura 28), com cerca de 10 kg, e de bandejas de isopor com filme de polietileno, o que aumenta sua conservação pós-colheita. 

Trata-se de raiz delicada e a conservação pós-colheita é bastante curta, de 2 a 4 dias. Deve-se efetuar manuseio cuidadoso e acondicionamento adequado, quanto a ambiente e embalagem. O embalamento em bandejas com filme de polietileno (Figura 29) com cadeia de frio, ou seja, o transporte refrigerado em caixas de isopor e a disposição do produto em gôndolas refrigeradas nos pontos de venda amplia o prazo de validade do produto para 15 dias. Outra possibilidade de armazenamento por um período maior é dispor as raízes em água em recipientes abertos em câmara fria ou geladeira, efetuando-se a troca de água uma vez por semana. Ensaios mostraram que a mandioquinha-salsa preserva aspecto visual apto à comercialização por até 120 dias, claro que havendo perda nutricional de compostos solúveis.

   
Figuras 28 e 29
. Raízes de mandioquinha-salsa a granel em caixas padronizadas e em bandejas com filme plástico. (Fotos: Nuno R. Madeira).

Tradicionalmente, o consumo mais frequente de mandioquinha-salsa dá-se na forma cozida pura ou em caldos ou sopas, o que a faz ser mais utilizada no inverno. Entretanto, outras formas de preparo são particularmente saborosas como fritas fatiadas (“chips”) ou em palitos ou “palha”, suflês, nhoques, cozida com costela bovina, frango caipira ou rabada e agrião, cremes com catupiry, gorgonzola ou requeijão, rocamboles com calabresa ou camarão, bolinhos empanados, pães doces ou salgados, doces cremosos, entre outras receitas.

Cabe ressaltar que outras partes da planta são comestíveis na alimentação animal e humana, em especial o caule central (“toco”) e os perfilhos maiores e as folhas (Figuras 30 e 31), de acordo com o conceito de fazer uso de partes não convencionais de plantas alimentícias convencionais dentre as plantas alimentícias não convencionais (Panc). Inclusive, o caule em particular é mais nutritivo pelo maior conteúdo de sólidos solúveis e menor conteúdo de água. Curiosamente, em Porto Rico o que se consome são os cormos ou caules centrais (Figura 32) e no Brasil é comercializado esporadicamente. Há relatos de pequenos produtores de vender as raízes e guardarem para uso próprio os caules.