Mandioquinha-salsa BRS Rubia 41

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Foto: MADEIRA, Nuno

A demanda por mandioquinha-salsa, conhecida também como batata-baroa, entre outros nomes, é grande no Brasil em virtude do sabor peculiar, dos atributos culinários e das qualidades nutricionais. Por ser uma cultura exigente em clima ameno para o cultivo e altitudes superiores a 1.000 m, a produção é muito abaixo da demanda. Assim, o desenvolvimento de cultivares mais produtivas é uma das alternativas para aumentar a oferta do produto.

A cultivar BRS Rubia 41, a exemplo da BRS Catarina 64, foi desenvolvida por meio da seleção de clones provenientes de sementes botânicas coletadas em um campo de policruzamento, implantado no município de Canoinhas (SC). Em comparação ao material mais cultivado no Brasil, que é a cultivar ‘Amarela de Senador Amaral’, a mandioquinha-salsa BRS Rubia 41 tem cerca de 70% a mais de potencial produtivo de raízes e maior produção de mudas. Isso sem perder as características desejadas de raiz, como formato cilíndrico, coloração amarela intensa e aroma e sabor peculiares, equiparando com a BRS Catarina 64.

As plantas de BRS Rubia 41 possuem arquitetura ereta, porte médio e altura entre 40 e 50 cm. O pecíolo é de coloração vermelha-violácea, com a região da base púrpura e a da inserção dos folíolos, verde. Essa característica de coloração do pecíolo ajuda a distingui-la da BRS Catarina 64 e “Amarela de Senador Amaral”. O número de propágulos por planta varia de 40 a 60. Cada planta produz de cinco a sete raízes comerciais, que possuem formato cônico-cilíndrico, comprimento médio de 15 a 20 cm com poucas reentrâncias, coloração externa amarela intensa e internamente predomina a cor amarela pouco saliente.

A cultura requer clima ameno para seu pleno desenvolvimento e deve ser cultivada em regiões de altitude superior a 1.000m em Minas Gerais, 1.100 m no Espírito Santo, e 1.200m no Distrito Federal e em Goiás. A época ideal de plantio é de março a junho, porém, em regiões de clima ameno, o plantio é viável o ano inteiro, preferencialmente em solos de textura média, após aração, gradagem e enleiramento em nível.

É viável o cultivo em sistema de plantio direto, utilizando como cobertura a palha de aveia ou o milheto. A adubação deve ser realizada em função da análise de solo, aplicando-se em pré-cultivo nas linhas até 400 kg/ha de P2O5, 100 kg/ha de K2O e 50 kg/ha de N. Sempre que necessário, devem ser feitas adubações de cobertura com até 200 kg/ha de K2O e 100 kg/ha de N. A colheita tem início 8 meses após o plantio, podendo-se alcançar produtividades médias superiores a 30 toneladas por hectare.

Para a produção de mudas, é recomendável o tratamento dos propágulos com solução de hipoclorito a 0,1% por 10 minutos para eliminação de possíveis patógenos, seguido de enxágue em água corrente. O pré-enraizamento pode ser realizado em canteiros por cerca de 20 a 40 dias ou em água por oito a 15 dias.

Onde Encontrar:
Emerson Jose Melnitzki
Bela Vista do Toldo – SC, (47)99977-8631
E-mail: ejmfarma@hotmail.com

Produto: Cultivar convencional Ano de Lançamento: 2014

Bioma: Cerrado, Pampa

Unidade Responsável: Embrapa Hortaliças

Unidades Participantes: Embrapa Hortaliças

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